Vinte e três jovens de quatro comunidades participaram da reunião
No último dia 09, a Comunidade Dois Riachões, município de Ibirapitanga, recebeu as equipes da Organização de Conservação da Terra (OCT) e Instituto Direito e Cidadania (IDC) instituições integrantes do PDCIS, coordenado pela Fundação Odebrecht. O motivo do encontro? O primeiro diagnóstico do Curso de Gestão de Propriedades Rurais de Base Familiar para Adaptação às Mudanças do Clima, um dos objetivos do Projeto executado pela OCT em parceria com a Fundação Odebrecht e o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), por intermédio do Fundo Multilateral de Investimentos (Fumin), que deverá capacitar 300 jovens em 10 turmas.
“Nossa expectativa com esta ação integrada, é aumentarmos a resiliência das comunidades rurais atendidas, para que enfrentem os problemas locais, e os de ordem global, a exemplo dos efeitos adversos da mudança do clima, tudo isso, tendo o jovem como agente de mudança” – destaca Emanuel Oliveira, responsável por Parcerias e Investimentos Sociais da Fundação Odebrecht.
Os jovens escolhidos para participar do projeto tem entre 17 e 29 anos, estão envolvidos no trabalho em suas propriedades e nunca foram beneficiados diretamente por nenhum projeto do PDCIS. Esse primeiro diagnóstico foi realizado com participantes das comunidades Dois Riachões, Serra de Areia, Nova Esperança e Malibu. Segundo Ana Paula Matos, coordenadora do projeto, encontro teve função de refinar o planejamento do curso: “o objetivo foi conhecer melhor o perfil desses jovens para avaliar a necessidade de adequação do plano de curso e metodologias a serem utilizadas na formação”.
Segundo Nemeia Cardim, Coordenadora do Projeto Trilhando Caminhos do IDC, o dia foi bastante produtivo. “Eu gostei bastante dos pontos que foram levantados aqui pelos meninos. É uma turma bem mista, mas a gente percebe que alguns são militantes, que acreditam na causa e trouxeram questões pontuais, principalmente a questão da identidade, que foi algo que eu achei muito relevante, o fato de se identificarem mesmo com o campo”, comenta.
Para Volney Fernandes, Diretor Executivo da OCT, a ideia de capacitar jovens que não fazem parte do PDCIS é relevante por ser uma forma de trabalhar a ressignificação do empresariamento rural buscando fazer com que o nosso território contribua de forma efetiva para o alcance das metas dos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS) podendo ser um modelo passível de replicação em outras regiões. “ Esse projeto nos oportuniza construir a várias mãos um modelo de capacitação abrangente considerando os atuais e futuros gestores da paisagem, com foco em formação de líderes capazes de garantir a sustentabilidade na sua propriedade e influenciar seu entorno”, destaca Fernandes.
E para os jovens, o dia também foi de comemoração. Joilson Pereira, do Assentamento Serra de Areia, afirma que a expectativa para o curso é grande. “Particularmente eu amei o dia. Foi o momento pra gente organizar o cronograma pra um curso que vem nos trazer uma vasta experiência para lidar com o campo, e na verdade apresentar um pouco pra gente da relação entre a natureza e o homem do campo, como produzir sem prejudicar o meio ambiente”, explica.
Maria Celeste Pereira, Diretora Executiva do IDC, afirma sobre o projeto que “estas capacitações são importantes para o desenvolvimento da região, porque o projeto associa e integra duas áreas importantes - a teoria e a prática, envolvendo assuntos ligados ao desenvolvimento humano e empresariamento rural, que entendo ser importante para o desenvolvimento sustentável da Região”.
O curso foi dividido em cinco módulos e será ministrado para dez turmas de trinta jovens cada.
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